sábado, 2 de março de 2013

prefacio de tempos insanos parte zero



“Ofegante.
Ela observava no canto do quarto,o jeito como ele a encarava.
Um riso se espelhava a medida que a mente dela a levava a outro patamar.
Aquela noite,seria boa- concluiu
Caminhou ate ele,que parecia querer abrir a porta trancada.no desespero ousou bater
Ela o tocou no ombro ,ele virou o corpo e ela o fisgou.”-digitou uma menina sorridente

-o que acha?- perguntou uma moça de cabelos curtos e olhos enormes castanhos sentada no tapete da sala,mostrando o que havia escrito no lap top a um rapaz,sentado no sofá próximo a ela lendo uma revista
Ele sorriu
-é isso?-perguntou ele achando engraçado
Ela riu
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Mais um dia.
Era assim que se encarava as coisas,pelo menos para korin jiu de 15 anos.era sua terceira transferência em menos de 1 anos e meio.a culpa?seu pai viajava muito devido sua profissão”repórter internacional;sempre o via,no canal 33  na CGT.Era um homem respeitável,apesar do casamento com sua mãe só ter durado bons 27 anos.Apesar da confusão,viajar com seu pai,tinha seu lado bom.
As cidades ,as culturas diferentes,as comidas,as pessoas.
Era um tempo muito curto para decidir fazer amigos,mas seu pai vivia dizendo que se apegar demais as pessoas ,com a vida que eles tinham não iria fazer bem a ninguém.de vez em quando se pegava olhando um álbum de fotos;um desses meio antigo,folheava quase que sempre quando sentia falta da mãe....
A mulher de longos cabelos negros e pele macia.aquilo o confortava quando chegava em casa,e seu pai não estava ali para lhe perguntar como havia sido o dia dele.
Se trancar no quarto,deitar na cama,ligar o computador,jogar a mochila no canto ,e pegar as velhas recordações.rotina basica
Faziam 4 anos que ele não a via mais,mas parecia ainda ter sido ontem.
O sorriso adocicado,o jeito como ela preparava o jantar e agradava a família toda nos finais de semana.
Ele nunca soube ,se o seu pai sentia algo parecido.se sentia “falta” afinal ,ele parecia tão serio,e ocupado,que no velório mal se deu o trabalho de comparecer.apenas mandou flores e justificou dizendo que preferia lembrar dos bons momentos do dia a dia,sem ter que vê La descer a terra.
Era quando as lagrimas caiam,e uma serie de coisas não faziam sentido.
Esse era so mais um dia,e diferente dos demais,estava a caminho de mais um escola na qual sabia que  sua rejeição não seria precipitada.afinal o que tinha de tão especial para mostrar as pessoas?nao se enquadrava no grupo dos esportistas,não era popular,não tinha grandes idéias como os nerds,e se quer gostava de piercings e tatuagens como os esquisitos.ele era o que ele mesmo chamava de “ele mesmo”.
Como mais um dia,fora de carona com o pai até se deparar com aquela imensidão de lugar,e varias pessoas circulando de um lado para o outro.algumas o fitando,outras,o ignorando.
Por que algo na sua vida mudaria justo naquele dia?
Ele caminhou ate o campus com a mochila,em total desanimo,arrastando os pés,inconformado em ter que passar por aquilo mais uma vez.a chatice de ter que se apresentar em cada matéria,para cada professor,e ser questionado milhares de vezes do por que estava ali.
Subira as escadas,quando ouviu um sino barulhento ecoando.
As pessoas correndo e apressando os passos as suas costas
Aquele burburinho de “o inferno vai começar em 5,4,3,2,1” passara pela sua cabeça.
Suou frio e engoliu em seco.nao estava pronto para falar sobre si mesmo em publico.alias,aquilo nunca fora fácil
Enquanto caminhava ,vendo as pessoas irem para suas salas com sorrisos nos rostos,e acompanhadas,ele simplesmente tentava se privar de que era um estranho em um lugar que lhe causava medo.
Então sentira um solavanco.
Algo lhe despertou do transe que estava entre seu ego e sua consciência falante estúpida
Olhou para a frente.
Era uma menina,alta,de saia, e estava parada diante dele
Sorria
Sorria?
Perai...ela o conhecia?
Ele ficou confuso alguns minutos
Ela fez menção em se abaixar,e ele não ligou.ficou a fitando.ela o conhecia?por que sorria?
Ajuntou seus livros ainda sorrindo e quando finalmente os organizou o fitou
-prazer- disse ela passando por ele e sorrindo
Ele puxou um papel do bolso.
Sala 4c
Que estupidez,”prazer”.por que alguém diria isso?
-ei.-chamou uma voz as costas dele
Ele ignorou afinal pessoas falavam muito alto,e como ele não conhecia ninguém por que alguém iria querer falar com ele?
-ei,você de mochila do monster rancher –gritou a voz
Ele parou e se virou
Era um menino gordinho,de óculos,mais baixo que ele.
Parou diante dele ,quase tendo um ataque do coração de tão cansado.
-o que ela disse a você?-perguntou ao invés de dizer”oi”
-ham?
-é,a mia satou.o que ela disse?-perguntou pegando fôlego melhor e fazendo menção em voltar a caminhar
-ela,disse “prazer” só!- respondeu espantado voltando a caminhar ,so que agora ao lado de um estranho
-ela disse isso?-disse o garoto muito espantado parando e o observando,tirando os óculos de grau e o observando
Era míope que não conseguia viver sem eles.
-eu não entendo o que ela viu em voce –disse fazendo um ar de deboche
-esta falando comigo?
-claro!com quem mais acha que eu estaria falando?com um armário?-gritou revoltado –sou kaichiro ,me chame de kai.eu sou o redator do jornal da escola –disse estendendo a mão
-ah...-falou korin apertando e não esboçando muita alegria
-não quer saber quem ela é?
-...nao.
-primeiro,quem é você?
-korin...korin jiu.
-ta ta ta,e mesmo sendo novato você não quer saber quem é ela?
Ele o observou.parecia uma tartaruga que carregava uma mochila tão abarrotada de coisas,que ela lhe servia de casco.
-quem é...ela?-perguntou tentando ser curioso
-ela é a menina mais incrível do colégio
Korin deu um suspiro e abaixou a cabeça
-tem idéia de quantos caras gostariam de receber um “prazer” dela?
-não.- disse se mostrando pouco interessado
-perebi.a essa hora,se eu fosse você,estaria soltando fogos
-não posso.caso você queira saber,é minha terceira transferência.nao quero tentar a quarta por um motivo torpe –ironizou korin dando as costa e voltando a caminhar
Sentiu algo duro lhe atingir a cabeça
E se virou levando a Mao ao local dolorido
Vira o menino gordinho com um lado do pé descalço e o outro ainda calçado.
-não faça mais isso!-reclamou caminhando ate ele e pegando o sapato no chão –quem você pensa que é? Um deus?ignorar a menina mais importante da escola
-eu não sei quem ela é.e pouco me importa
-ta brincando!!!
Ele ficou calado
-ela é a elite.andar com ela,determina o que você será aqui dentro.- comentava empolgado
-sei...
-e se ela disse “prazer” ...
-se você não se importa,eu preciso achar minha sala-disse mostrando um papel,com a sala transcrito
Kai o puxou da Mao de korin e disse ajeitando os óculos no rosto
-vem comigo –disse caminhando
Abriu uma porta e sorriu
-somos amigos de classe
Não poderia ser pior –pensou korin.percebendo os olhares dos adolescentes o fitando.algo do tipo”quem é ele?”mesmo de cabeça baixa,percebia que os olhares o julgavam.se sentou em uma cadeira ao fundo,e kai o seguira,sentando se ao seu lado.
Korin tirou da mochila um caderno ,no qual na capa haviam montagens fotográficas que ele havia feito de sua mãe,seu pai,e ele mesmo quando era pequeno.
-ei,korin...voce fotografa?-perguntou kai se interessando
-ah,um pouco.-disse olhando para as fotos miúdas
-topa me acompanhar no final da aula ate um lugar maneiro?
Ele sorriu

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